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A tal da bissexualidade

Quem nunca sentiu um clima diferente com um amigo hetero? Aquela sensação de que ele está doido pra ultrapassar a linha da amizade, mas recua toda vez que fica de frente pro gol? Aquele amigo que quase te faz ter que gastar com terapia para lidar com a falta de terapia dele, que cria uma relação de afeto e cumplicidade com você, com direito a carinhos e tudo mais, porém faz sempre questão de aparecer com uma namorada para garantir que sua imagem esteja intacta. É claro que existe a opção de ser realmente o jeito dele expressar a amizade, mas a verdade é que existe uma grande parcela de homens que não conseguem expressar totalmente sua sexualidade, e nem estamos falando de ser gay, é sempre bom lembrar que existe uma vasta gama de orientações possíveis, inclusive a bissexualidade.


A série CRASHING disponível na Netflix trás um pouco desse assunto com o meu mais novo queridinho Jonathan Bailey no papel de Sam, personagem que é inicialmente introduzido como um jovem heterossexual atraente e pegador, mas que acaba de perder o pai e está com as emoções à flor da pele. Á medida que a série avança, somos levados a uma jornada emocional e pessoal onde Sam começa a questionar e explorar sua própria identidade, um gatilho que surge por conta dos ciúmes que ele começa ter do seu amigo com o namorado.


Embora a série não tenha um foco exclusivo nas questões LGBTs, ela aborda uma variedade de tópicos relacionados a relacionamentos, amizade e identidade sexual. A série nos desafia a repensar as definições tradicionais de sexualidade e a reconhecer a fluidez da identidade sexual.


A representação de Sam em "Crashing" é uma contribuição valiosa, para muitos homens bissexuais onde esse interesse surge só na fase adulta, o que dificulta a compreensão do sentimento, isso somado ao preconceito e pressão social, pode dificultar ainda mais essa saída do armário de uma orientação sexual que muitas vezes recebe o preconceito dos próprios homens gays. Infelizmente a série foi cancelada na primeira temporada, mas confiem é superdivertida e abre para uma discussão mais aberta sobre a bissexualidade na cultura contemporânea.

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