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Anticorpos

Ninguém constrói sua personalidade se isolando da sociedade. Viver é interagir, e gostando ou não, somos dependentes disso. Os relacionamentos, sejam amorosos, pessoais ou profissionais, têm a capacidade de ir transformando quem somos, e são essas experiências, erros e acertos, que fazem os caminhos se abrirem na nossa frente. Ninguém saberia que é gay ou queer se não fossem as comparações que fazemos ao conviver com outras pessoas, ninguém saberia o que é amar sem passar pelo sofrer; relações tóxicas podem servir como uma espécie de vacina, ou simplesmente como um espelho para mostrar que, de alguma forma, também somos tóxicos com alguém. Ninguém é perfeito em nenhum tipo de relação pelo simples fato de que em todas elas estaremos sempre aprendendo algo.


A série GLAMOROUS disponível na Netflix fala sobre isso em diversas esferas. Confesso que ignorei o cartaz dessa série por várias semanas, mas logo no primeiro episódio a história consegue te fisgar para continuar e ver aonde ela pode chegar. Apesar de tudo girar em torno de uma Marca de luxo de cosméticos, são os relacionamentos que guiam toda a trama, o principal deles entre o protagonista Marco e seu crush Parker, um jovem queer e um gay heteronormativo respectivamente, e até certo ponto os desafios enraizados para fazer essa relação funcionar nos fazem torcer por um final feliz. Nós e esse fantasma de finais felizes e príncipes encantados, né?


Em paralelo temos uma terceira via, o tímido Ben, que também se apaixona por Marco; a propósito, essa série veio com a intenção de dar representatividade às pessoas não binárias e mostrar que elas são atraentes e importantes, sim! Mas voltando ao Ben, a gente quase nunca gosta de que gosta da gente, né?! Fortalecendo o time de gays com papel importante na série, temos Chad, filho da poderosa dona da empresa, e que tem uma relação complicada com a mãe e por isso morre de ciúmes da conexão dela com o Marco.


Nessa teia de relações, errar tentando acertar é recorrente, e no fim das contas, a série nos mostra o quanto esses relacionamentos nos impulsionam sempre em direção de uma nova versão de nós mesmos. A ideia é que seja sempre pra melhor.

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