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As ilusões que alimentamos

Quantas vezes você já se apaixonou? Quantas vezes você já amou? Aliás, você já amou? Que tal refletir sobre as vezes que você se esforçou sozinho para fazer da paixão um amor, das vezes que você ficou só esperando um sinal de fumaça ou um simples estalar de dedos para correr ao encontro dele como se nada mais importasse. Quantas vezes você olhou pra um ‘Chico’ e disse: Se tu me quiseres sou desses, de se apaixonar... e no fim das contas a traição foi tudo que você pode alcançar?


IN FROM THE SIDE, esse é o nome do filme, disponível para aluguel no Google TV, que fala justamente sobre essa busca pelo amor, mesmo sem saber diferenciá-lo da paixão, o que acaba desperdiçando muitas histórias. Aliás, esse filme é um desperdício de história, tinha tudo para ser um dos mais perfeitos, no entanto não é bem assim. A obra traduzida como AO SEU LADO, conta a história de 2 jogadores de Rugby que se atraem instantaneamente um pelo outro, terminando a noite na cama num sexo do jeito que toda relação sexual deveria ser: carnal, instintiva e sem pudores. O grande problema é a revelação que viria depois, um deles tinha um relacionamento ‘monogâmico’. O golpe está aí.


A partir do momento que algo se mostra inacessível o desejo de ‘acessá-lo’ aumenta exponencialmente, talvez seja nesse ponto que a maioria confunde paixão com amor. Em paralelo temos o fato de que a monogamia sempre foi vista como a norma, frequentemente associada a expectativas culturais e religiosas. No entanto muitos homens gays estão repensando essa regra, pois percebem que o amor e o sexo podem ser elementos separados em suas vidas, o que os leva a questionar a rigidez da monogamia. Mas será que as pessoas estão preparadas para a poligamia?


No filme, ambos os protagonistas estão traindo seus parceiros, o que nos leva a desejar um final que justifique tais comportamentos duvidosos, no fundo a gente ama torcer por amores complicados, mas os rumos tomados pela produção são muito mais realistas, e retratam de maneira nua e crua as consequências das ilusões que nós mesmos alimentamos. O questionamento que fica é: Somos corajosos o suficiente para lidar com tudo que envolve verdadeiramente AMAR?

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