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Novos tempos

A cada nova resenha que vou escrevendo vocês vão me conhecendo um pouco mais, mas principalmente vão se reconhecendo em algumas reflexões, afinal, esse não é apenas um perfil sobre filmes e séries, mas sim sobre como esses filmes e séries impactam nossas vidas, retratando a realidade e transformando a nossa mentalidade. Observar essas produções podem aliviar o estresse emocional, identificando nossos limitadores e nos permitindo descobrir novas formas de lidar com essas questões através da percepção de personagens que muitas vezes parecem nos representar. Não é novidade que as histórias sobre a adolescência são as minhas favoritas, pra mim essa é a fase que mais impacta no resto de nossas vidas e por isso, são as que mais ajudam compreender o que me transformou no homem que sou hoje.


A série tratada aqui encontra-se na Netflix e se chama PRIMEIROS AMORES, uma minissérie polonesa em 6 episódios. A obra retrata, obviamente, histórias de amor e gira em torno de dois amigos inseparáveis, Lena e Niko, que compartilham o plano de criar um filme para ingressar na escola de cinema que tanto desejam, mas esse trabalho em conjunto acaba sendo uma metáfora para o autoconhecimento de ambos.


A série explora de forma sensível e profunda as aspirações da juventude, relacionamentos e a descoberta dos desejos. Como eram amigos desde sempre, a chegada da adolescência os faz questionar se o que sentiam era amizade ou amor romântico projetado pela normativa heterossexual, mas tudo fica ainda mais complexo com a chegada de Igor, o típico garoto popular, comum em toda produção do gênero, e que mexe com o imaginário tanto de Lena como de Niko.


O grande diferencial em PRIMEIROS AMORES, é que ele foge de algumas questões convencionais, claramente um reflexo dos novos tempos, das novas gerações e novas narrativas. Lena, Niko e Igor exploram suas sexualidades e descobertas sem grandes problemas, até há uma possível dificuldade, mas algo muito breve e funciona justamente para mostrar que essas questões não são preocupações para os jovens de hoje.


É prematuro afirmar que essa é uma obra homo ou bissexual, mas certamente é sobre uma fase FUNDAMENTAL! Afinal, o que define os amores?

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