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Romeu e Julieta, nossa utopia de cada dia

O amor puro e simples existe e está relacionado aos estímulos neurais que liberam hormônios e nos fazem sentir basicamente todas as sensações; no entanto, o amor romântico da maneira como conhecemos é uma construção sociocultural totalmente baseada no amor heteronormativo e machista, onde a mulher sempre precisa ser conquistada e homem tem que lutar por ela; a dor e o sofrimento são partes importantes para que um bom romance exista, eis que o amor homossexual se diferencia. Historicamente os homens ditam as regras, e elas vão sempre beneficiar a si próprios, no passado, viver um amor romântico entre homens não envolvia grandes conflitos, bastava viver; até que o fundamentalismo dominou a cena e mudou toda essa ótica; estamos em 2023 e ainda queremos que Tristão e Isolda ou Romeu e Julieta se apliquem aos gays, mas será?!


O filme de hoje divide opiniões, a comédia romântica BROS – MAIS QUE AMIGOS, disponível no @telecine, conta o desenvolvimento do amor por uma ótica de fato homossexual, levando em conta que o envolvimento entre dois homens é sim diferente do envolvimento entre héteros ou lésbicas, essas diferenças fazem parte das nossas vidas, não atoa o nome Bros significa Brothers; ou seja uma conexão mais profunda de intimidade que remonta o período greco platônico, onde as relações homossexuais tinham caráter de transmissão de valores e desenvolvimento social, como um irmão mais velho faria.


A trama conta a história de um homem de 40 anos descrente no amor romântico, justamente por vivenciar a realidade gay, mas que se vê se apaixonando por alguém muito diferente dele. Juntos eles vão aprendendo o significado do amor e percebendo que são complementares, mas não se esqueçam que essa é uma comédia muito mais o que um romance, então é normal que certas situações sejam exageradas, pois é assim que se faz comédia! No entanto, também há momentos de catarse, onde os protagonistas relevam seus segredos e dores gerados por uma sociedade homofóbica.


Uma curiosidade sobre a produção é que todos os envolvidos são realmente pessoas LGBT+, e não héteros interpretando esses papeis. Pra quem gosta de finais felizes, eu indico Bros! 😘

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