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Sexualidade não é ciência exata

Até entrar na Universidade, eu afirmava categoricamente que odiava cerveja...até alguns dias atrás, eu fazia cara de nojo pra jiló. Bom, no caso do jiló, eu provei um que não poderia dar errado, em chips, com queijo e empanando, mesmo assim o gosto amargo estava lá! Provei e odiei. Já a cerveja, num primeiro momento eu pensei: é estranho, mas tem algo aqui que me agrada; num segundo momento eu via até pontos positivos. Hoje em dia eu penso: como alguém pode não gostar de cerveja?!🤣


Depois dessa introdução ridícula, porém real, chegamos ao filme francês Canções de Amor, disponível no Imovision, um verdadeiro experimentar da sexualidade e suas conexões com o amor.


A trama se inicia com um casal hetero que abre a relação para mais uma mulher, o que nos leva a uma narrativa sobre bissexualidade. Convenhamos que a bissexualidade feminina é bem aceita pela sociedade, afinal, nossa construção social machista trata a mulher como objeto de prazer para os homens, sendo assim, quanto mais mulheres, melhor. No entanto, um evento trágico muda todo o rumo da história, a vida trata de colocar um desses momentos inesperados bem na nossa frente onde temos o poder de escolha sobre experimentar algo novo. Foi o que aconteceu com o personagem principal, Ismael.


É engraçado como as pessoas têm facilidade em aceitar uma mulher bi, mas quando o assunto são homens, há sempre um julgamento de que são gays que não assumem sua sexualidade. Concordo que seja até uma verdade na maioria dos casos, mas não é por isso que devemos pré-julgar todos.


A meu ver, a bissexualidade está ligada a capacidade de transitar entre a homo e a heterossexualidade dependendo da pessoa com quem nos envolvemos. Se eu sou homem bi e me apaixono e envolvo com uma mulher, então naquele momento eu sou hetero. Se por acaso tudo mudar e eu me envolver com um homem, por aquele período serei gay. Assumir essa mobilidade é ser bissexual, a bissexualidade é sobre LIBERDADE, ela não aceita armários, e se ainda assim ela for uma porta para a homossexualidade definitiva, tudo bem! Devemos respeitar o tempo das coisas.


Aproveitem a beleza e delicadeza desse musical, e preparem-se para viciar em Louis Garrel.😍

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