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O Cravo e a Rosa



Leandro de Almeida Cravo, era um lindo jovem de apenas 18 anos, filho único em uma família evangélica, cujo patriarca era Pastor em uma igreja na pequena cidade onde moravam. O Cravo namorava há 3 anos com Rosa, filha do melhor amigo de seu pai, cuja família também era de evangélicos. O Cravo e a Rosa eram como Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert, o casal perfeito. O que ninguém sabia era que o Cravo sofria. Por fora ele era um exemplo, mas por dentro desmoronava a cada dia.


Cravo já tinha certeza em sua cabeça de que era gay, mas cresceu ouvindo que isso era a pior coisa do mundo e temia a reação de seus pais. Ele mantinha um relacionamento virtual com um rapaz de São Paulo, e estava disposto a largar tudo para ir viver sua liberdade.


Certa noite, noite Cravo reuniu coragem e foi falar com a Rosa, afinal, querendo ou não ele tinha um sentimento especial por ela, mas já passavam das 23h, e precisou chamá-la pela sacada do quarto.

Alí, debaixo da sacada o Cravo contou toda a verdade, ele não poderia recuar, esperou muito tempo por aquilo, e no fundo ele esperava algum tipo de acolhimento, porém a conversa virou briga, a Rosa ficou descompensada... e tacou um vaso de flores no Cravo enquanto chorava.


O Cravo foi parar no hospital, e no dia seguinte, já mais calma, a Rosa o foi visitar, mas a visita trouxe notícias piores, Cravo teve um desmaio quando Rosa disse que havia contado tudo para a família, não só a dela, mas também a dele... mais uma vez a Rosa pôs-se a chorar.


Depois de ter alta do hospital o Cravo foi expulso de casa como se fosse um bicho qualquer, não teve nem tempo de se recuperar, mas por sorte tinha guardada algumas economias, comprou uma passagem e foi acolhido em São Paulo pelo seu namorado virtual.


Hoje, 4 anos após o ocorrido, Cravo está terminando Direito na USP. Ele e o namorado já não estão mais em um relacionamento, mas tornaram-se melhores amigos. Com a família ele nunca mais teve contato, já que o pai proibiu a mãe dele de qualquer aproximação.


Rosa também saiu da cidade, um novo escândalo tomou conta da do município após descobrirem que ela mantinha relações com o Pai do Cravo, inclusive precisou fazer um aborto. Dizem que o relacionamento já existia quando a ela ainda namorava com o filho dele, e o pior, ela tinha apenas 17 anos.


Podemos dizer que o melhor que poderia ter acontecido ao Cravo era construir uma vida bem longe de todas essas mentiras e hipocrisias. Torcemos para que sua vida agora seja um jardim em perfeito equilíbrio.

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